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(Imagem retirada da net)
É um ouriço que encontrámos no Sábado à noite.
E quase era atropelado quando atravessava a estrada, o pobre.
Eu, apesar de nada e criada no campo, há certas espécies que me "fazem espécie" como se diz por lá. Isto para dizer que me deu um certo trabalho conseguir metê-lo num saco (único recipiente (?) disponível) que trazia no carro.
Os meus tesouros saltavam e gritavam à volta dele. Claro, nunca tinham visto ao vivo um bichinho daqueles. Até porque os ouriços são muito ciosos da sua vidinha e só muito raramente se deixam ver.
Chegados a casa lá o "aprisionámos" num recipiente mais adequado.
Deixámos-lhe comidinha e fomos dormir a pensar como é que o iríamos encontrar na manhã seguinte.
O facto é que o Pikus tinha resistido à sua primeira noite em cativeiro e até comeu.
Como tinha casa para ele cogitámos a hipótese de o adoptar como "animal de estimação". Foi batizado e tudo...
Mas, depois de pensar melhor, decidimos devolvê-lo à liberdade. Afinal era um animal "selvagem" que teria, decerto, dificuldades em adaptar-se a uma vida de prisioneiro.
Depois de almoço fui, com os meus tesouros, deixar o Pikus num local de pouca passagem, na esperança de que ele se conseguisse esconder e, dessa forma, continuar a sobreviver por aquelas bandas.
Senti-me bem com a decisão que tomei, mas um nadita de mim gostaria de o ter trazido e ter tentado adaptá-lo à vida caseira. lol.
Quanto aos meus tesouros, deliraram com a "aventura" e com o facto de terem visto, ao vivo, um ouriço-cacheiro no seu ambiente natural.
É com pequenas coisas como esta, tão simples, que lhes tento incutir o gosto pelas suas raízes. A aldeia, as pessoas simples, a terra e os animais.